Nesta praia à beira-mar plantada, mal frequentada por
governantes autistas (desde que um rapazote se armou em cavaleiro para nunca
mais voltar), estes governantes com manias de iluminados e julgando-se tiranos
e ditadores, chegamos ao mesmo de sempre!
Este país vive numa espiral perigosa de vivência e
governação desgastante e destrutiva, a prova de que somos um povo muito capaz,
é todos os dias mostrada a quem a quiser ver e / ou analisar.
Se com estes governantes que temos tido desde 1557 temos
conseguido, mesmo assim, erguermo-nos como povo e singrarmos numa aldeia global
feroz, e desleal como nunca em outra altura houve, é porque somos um povo nobre
e heróico cheio de valor, humildade e solidariedade.
Uma nação valente pois passámos imenso, privados de ainda mais, desde a epopeia de
constituir Portugal como país, com muito sangue suor e lágrimas, às descobertas marítimas
(onde demos novos mundos ao mundo), depois...
Bem depois, sobrevivemos à pirataria Holandesa, aos
Corsários Britânicos, à peste e outras pandemias, à governação Espanhola, às
invasões Francesas, a tremores de terra e maremotos, a duas Guerras mundiais,
ao colonialismo e à descolonização, a tiranias e ditaduras, à monarquia e ao
primeiro centenário da república.
Por tudo isto, com certeza que também iremos sobreviver à
democracia, assim como à autocracia que hoje impera.
Tais privações deverão ter
gerado um gene Tuga em que alguns concidadãos são abençoados ou amaldiçoados (cada um que escolha),
um gene que lhes permite estar na política, e nalguns casos extremos chegar ao
poder e até governar.
Vivemos hoje como na época medieval no puro feudalismo,
aproveitado pelos grandes patrões que se acham nobres - e bons samaritanos por
empregarem servos e vassalos - conseguindo demonstrar aos acéfalos da nossa
governação que os trabalhadores e os seus principescos salários é que são os
culpados da situação económica em que agora se encontra Portugal.
Mas nem tudo é assim tão cinza-negro!
O feudalismo também
caiu, em grande parte devido à intensa exploração camponesa que os nobres
exigiam e taxavam aos seus servos.
Pois, governar assim qualquer pessoa consegue (mesmo nem
tendo o tal gene extra), é preciso mais dinheiro? cobra-se mais impostos! É preciso
menos despesa? corta-se na educação, saúde, justiça e sistema social.
O nosso PM diz que “O país não se pode dar ao luxo de manter
tradições”, e por isso não há tolerância
de ponto no carnaval (já vi este filme em qualquer lado).
Ok!! - Diz a malta - Como queiras!!
- oh! Pedrinho tu é que sabes magano!!
As regiões autónomas da Madeira e dos Açores, bem como, os municípios
de Lisboa, Porto, Sines, Cascais, Faro, Torres Vedras, entre muitos outros
trataram de manter a tradição de não ligarem ao que o governo diz e declararam
tolerância de ponto aos funcionários públicos das suas competências (também já
vi este filme, e acho que pertencia ao mesmo)
É bom ver que a tradição já não é o que era!!!
AMC
AMC
I.M.O., uma brilhante reflexão sobre a actualidade política e social deste "2 assoalhadas"!!! ressalvo, de imediato, a frase que nos descreve como o povo que [também] hoje conhecemos:
ResponderEliminar"... com certeza que também iremos sobreviver à democracia ..."
este texto é o "sumo" de qualquer "em suma"...