quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A TRADIÇÃO JÁ NÃO É O QUE ERA


Nesta praia à beira-mar plantada, mal frequentada por governantes autistas (desde que um rapazote se armou em cavaleiro para nunca mais voltar), estes governantes com manias de iluminados e julgando-se tiranos e ditadores, chegamos ao mesmo de sempre!

Este país vive numa espiral perigosa de vivência e governação desgastante e destrutiva, a prova de que somos um povo muito capaz, é todos os dias mostrada a quem a quiser ver e / ou analisar.  

Se com estes governantes que temos tido desde 1557 temos conseguido, mesmo assim, erguermo-nos como povo e singrarmos numa aldeia global feroz, e desleal como nunca em outra altura houve, é porque somos um povo nobre e heróico cheio de valor, humildade e solidariedade.

Uma nação valente pois passámos imenso, privados de ainda mais, desde a epopeia de constituir Portugal como país, com muito sangue suor e lágrimas, às descobertas marítimas (onde demos novos mundos ao mundo), depois... 
Bem depois, sobrevivemos à pirataria Holandesa, aos Corsários Britânicos, à peste e outras pandemias, à governação Espanhola, às invasões Francesas, a tremores de terra e maremotos, a duas Guerras mundiais, ao colonialismo e à descolonização, a tiranias e ditaduras, à monarquia e ao primeiro centenário da república. 
Por tudo isto, com certeza que também iremos sobreviver à democracia, assim como à autocracia que hoje impera. 
Tais privações deverão ter gerado um gene Tuga em que alguns concidadãos são abençoados ou amaldiçoados (cada um que escolha), um gene que lhes permite estar na política, e nalguns casos extremos chegar ao poder e até governar.
Vivemos hoje como na época medieval no puro feudalismo, aproveitado pelos grandes patrões que se acham nobres - e bons samaritanos por empregarem servos e vassalos - conseguindo demonstrar aos acéfalos da nossa governação que os trabalhadores e os seus principescos salários é que são os culpados da situação económica em que agora se encontra Portugal.

Mas nem tudo é assim tão cinza-negro! 

O feudalismo também caiu, em grande parte devido à intensa exploração camponesa que os nobres exigiam e taxavam aos seus servos.

Pois, governar assim qualquer pessoa consegue (mesmo nem tendo o tal gene extra), é preciso mais dinheiro? cobra-se mais impostos! É preciso menos despesa? corta-se na educação, saúde, justiça e sistema social.

O nosso PM diz que “O país não se pode dar ao luxo de manter tradições”, e por isso não há tolerância de ponto no carnaval (já vi este filme em qualquer lado). 

Ok!! - Diz a malta - Como queiras!! 
- oh! Pedrinho tu é que sabes magano!! 

As regiões autónomas da Madeira e dos Açores, bem como, os municípios de Lisboa, Porto, Sines, Cascais, Faro, Torres Vedras, entre muitos outros trataram de manter a tradição de não ligarem ao que o governo diz e declararam tolerância de ponto aos funcionários públicos das suas competências (também já vi este filme, e acho que pertencia ao mesmo)

É bom ver que a tradição já não é o que era!!!  


AMC

1 comentário:

  1. I.M.O., uma brilhante reflexão sobre a actualidade política e social deste "2 assoalhadas"!!! ressalvo, de imediato, a frase que nos descreve como o povo que [também] hoje conhecemos:
    "... com certeza que também iremos sobreviver à democracia ..."
    este texto é o "sumo" de qualquer "em suma"...

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