Com tanto atropelo aos direitos básicos de um povo, não percebo porque é que o 25 de Abril não foi um dos feriados a ser eliminado. Entendo a extinção do feriado da implantação da república, pois talvez seria melhor voltarmos a ser uma monarquia (ao invés de sermos governados por políticos corruptos e chacais de banqueiros e de grandes grupos de capitais). Não compreendo como se deixa cair um feriado como o da restauração da independência (o único dia conhecido com a certeza absoluta sobre a autonomia e a soberania Portuguesa) e se opta por deixar o feriado do 25 de Abril do qual pouco resta, a não ser a nefasta realidade de nos permitir ser governados como somos. Nos últimos 40 anos fomos governados, por políticos indignos, por marionetas ao serviço do dinheiro e dos interesses capitalistas autoritários. Começo a perceber porque Salazar ganhou o concurso de melhor Português de sempre. Contra si tinha o facto de ter sido um ditador, no entanto, nunca usou ou usurpou o Estado para seu enriquecimento, tendo morrido na miséria. Dedicou-se por completo a um país (falido) acabando por equilibrar as contas públicas. Por muito que custe - e custou muito ao país em matérias de desenvolvimento - foi altruísta e sempre pensou nos superiores interesses do país em primeiro lugar, reservando um lugar menor aos interesses do povo, tudo isto em detrimento do seu próprio interesse, o povo sofreu é certo, mas não foi desrespeitado, nem tão pouco gozado. Foi, afinal, um governante digno ao contrário dos que o sucederam (muito provavelmente e por não ter tido tempo para desiludir, creio que Sá Carneiro terá sido a excepção e talvez por isso tenha sido assassinado).
Esforço-me por escrever esta crónica sem adjectivar ou proliferar palavras que se apossam da minha mente, que tornariam esta crónica brega mas fiel ao estado de espírito da maioria dos Portugueses
Como pai e como cidadão, sinto-me vilipendiado por sucessivos governos e gozado pelo actual, que sem vergonha ou embaraço assume claramente que são a classe média e a classe pobre a pagar a factura que a classe rica e política encomendou, pagamos os exageros e enriquecimentos ilícitos através de negócios obscuros, tráfico de influências, corrupção activa e passiva e tudo com o aval do Estado.
O PM nunca efectivou uma medida para o controlo do deficit das contas públicas com base em cortes das gorduras que sempre anunciou ainda antes de ser empossado. Todas as formas de combater o deficit tem sido através de aumentos de impostos (directos e indirectos), nunca retirou regalias a governantes e ex-governantes, nunca mencionou o facto de o seu executivo ter aumentado a despesa pública em plena austeridade. Nunca explicou bem como os membros da assembleia da república foram aumentados cerca de 82 EUR por mês no último ano, quando em Portugal não há aumentos à cerca de 4 anos. O PM esqueceu-se que no seu partido figura a palavra "social".
A prepotência deste executivo é tanta que manifestamente goza com o acórdão proferido do Tribunal Constitucional sobre a inconstitucionalidade de retirar ordenados aos concidadãos. O poder executivo imiscui-se no poder legislativo e desautoriza-o, brinca com ele e enxovalha-o em praça pública.
Em Portugal com este governo, deixaram de haver empresários e ressurgiram os patrões, patrões que estavam desejosos de atropelar direitos básicos fundamentais de quem trabalha, enviando a maioria desta classe para uma neo-escravidão. Trabalhamos, não para viver, mas para sobreviver. Ganhamos o nosso salário para podermos pagar ao banco, ao fisco, à troika, a luz, a água, o gás, os combustíveis, as portagens, as estradas, a saúde, a educação e a justiça (estas últimas três quase que são uma lenda pois ouvem-se histórias de que existiram mas não se sabe, nem se percebe como desapareceram) . Com o que sobra, gerimos da melhor forma possível para comprar comida e roupa e ansiamos pelo fim do mês.
Os patrões têm hoje mais poder que nos últimos 50 anos. E mesmo assim à 50 anos as empresas eram mais humanizadas que hoje. Sabiam que a força da empresa, o seu grande activo, estava nos seus trabalhadores. Hoje, o emprego é-nos apresentado como um favor, uma esmola, uma cenoura para que os neo-escravos, dêem tudo o que têm - até a sua própria saúde - para poderem entregar quase todo o seu salário a "tubarões". Os psicólogos chamam-lhe assédio intelectual! Para mim é uma nova forma de escravidão!!
Pergunto ao Dr. Paulo Portas onde está a sua palavra de honra (deve ter-se evapurado junto com os papéis dos submarinos) depois de ter dito que o CDS/PP não aceitava mais aumentos de impostos.
Se a taxação de um imposto que estava nos 11% passar para 18% não é isto aumento de impostos? Diz o governo que não é, pois baixaram na TSU. Ora, de acordo com a matemática que me ensinaram retirar 5.5% num lado e aumentar 7% noutro dá um aumento efectivo de 1.5%.
De qualquer das formas, o aumento é violento e imoral! Não é justo, nem social!! Os impostos aumentaram de forma brutal e tirana!! Fazem-nos descontar mais para um sistema que não nos garante a reforma! Descontamos mais para um saco que sabemos que está roto e que servirá somente para continuar a pagar reformas milionárias a quem trabalhou, perdão, a quem exerceu algum cargo público por meia dúzia de anos e acumula essa reforma com cargos obtidos por tráfico de funções. Para além de imoral, é uma afronta! E uma afronta leviana, pois os governantes perderam por completo a decência e o decoro.
Chulo é por definição viver às custas de alguém, aproveitando-se desse indivíduo. E é com toda a legitimidade que apelido todo este executivo de CHULOS!!!!
Se eu estiver em desacordo com a entidade que me emprega, tenho a hipótese de sair da empresa ou de fazer greve, se alguma medida for tomada que eu considere injusta. Agora, com um governo como se pode efectuar tal coisa? Greve ao pagamento de impostos? Eles penhoram o ordenado, mobília, sanitas, ou a casa!
Mudar de governo? temos que esperar mais uns anos!
Mostrámos que somos civilizados, agimos com um povo nobre e responsável e o nosso governo continua a pisar em cima?! Só nos resta uma saída, temos direitos! O direito à indignação, o direito à revolta, o direito à revolução!
Em boa verdade, um grupo terrorista só é terrorista até chegar ao governo e neste momento Portugal é governado por terroristas. E todos temos o dever de lutar contra o terrorismo!
Está na hora de dizer a estas bestas que basta!
Basta de sermos roubados e violentados por uma pseudo-elite que vive bem e que nos rouba!
Basta de pagarmos por roubos e atrocidades feitas em benefício próprio e do qual não usufruímos ou lucrámos!
Basta da hipocrisia com que nos tratam.
Basta de políticos corruptos!
Basta de simplesmente Marchar! Marchar contra os canhões!!
É altura de nos elevarmos e de nos tornarmos novamente heróis do mar, um nobre povo, uma nação valente e imortal!!
É tempo de levantar hoje de novo o esplendor de Portugal.
De entre as brumas das memórias, pela Pátria sente-se a voz dos nossos egrégios Avós, que hão-de guiar-nos à Vitória!!!
Às armas, às armas!! pela terra, pelo mar!!
Às armas, às armas pela Pátria é lutar!!
Contra os canhões.... Marchar somente se calhar não vai bastar!
ler este teu texto equivale a revermo-nos em cada frase, em cada palavra de indignação! do primeiro ao último parágrafo, se nada se sentir, então é preocupante, visto que não existe qualquer outro planeta habitável, pelo menos para as nossas características, por isso... não há mais espaço para nos desviarmos, evitarmos a realidade!
ResponderEliminarler este texto incisivo é um acto necessário, depois, como cidadãos conscientes, vamos ter de escolher - e não há abstenções! - ou ficamos indiferentes ou fazemos a diferença.......... porque afinal,
HÁ LIMITES PARA TUDO!!!