sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ENTRE a VISTA E a CEGUEIRA DO PEDRO


Não sei porque perdi tempo ontem a ouvir a entrevista ao PM, pois já sabia de antemão que as perguntas já tinham sido enviadas e escolhidas pelo gabinete do PM, para as quais os seus assessores o teriam preparado! Interroguei-me se os assessores seriam os mesmos que o Sócrates tinha, pois havia ali muito dejá vu em gestos e na forma de responder às questões colocadas. Estranhamente não se falou das PPPs, nem de cortes nos governantes, nem de deputados, nem de carros, nem de gastos em sistemas de video-vigilância da AR (não orçamentados) onde não se percebe como um país quase falido se pode dar ao luxo de desperdiçar dinheiro nestas mesquinhices.  

Da entrevista retive alguns momentos assustadores, como por exemplo a ideia já antes vislumbrada pelo secretário de estado da Educação sobre a imposição de uma "taxa moderadora" para o ensino.

Pois bem, se não incorro em erro, parece-me que a taxa moderadora é, conforme o nome indica, para moderar. Ao contrário da Saúde, onde a taxa foi imposta para evitar idas desnecessárias ao médico, "entupindo" por vezes os serviços e retirando tempo para atender outros utentes mais necessitados, a Educação é uma obrigatoriedade até ao 12º ano, imposta pelo Governo Português!

Vamos começar por esse caminho agora?! Vamos impôr que todos os portugueses façam exames médicos obrigatórios todos os anos, alguns todos os meses, idas ao dentista todos os seis meses, etc e depois pagar as devidas taxas que o governo impõe!! Se sim, os privados também querem e assim disponibilizam-se mais uma cadeiras, para Ex-Secretários de Estado e/ou Ex-Ministros,  nos conselhos de administração de um qualquer hospital particular - preferencialmente do Grupo Espirito Santo - para mais umas PPPs!
Ora aí está algo que nunca se tinha pensado antes! Até onde é possível descer mais baixo este executivo?

Percebo a génese desta ideia, afinal o estado gastou tanto na educação do nosso ministro das finanças, e pelos vistos não serviu de muito pois não acerta uma previsão e nem orçamentos exequíveis consegue fazer!  
Só não percebo porque é que esta é uma ideia para se falar ou sequer se considerar quando já existem 14 mil (casos identificados) crianças com fome e sem pequeno almoço quando chegam à escola.

Outra das situações foi a displicência do PM a mostrar desrespeito e algum despeito pelo povo português ao responder que não sentia que se tinha atingido o limite da austeridade (tolerância) para os portugueses, pois estes manifestavam-se pacificamente ao contrário do que acontecia na Grécia ou até noutros países não resgatados pela troika!! Este momento chocou-me, tive que rebobinar (graças às novas tecnologias) e ouvir novamente a resposta para acreditar que um PM estava claramente a incitar os seus concidadãos a manifestarem-se de forma violenta contra este governo (claro está se já tivessem atingido o seu limite). Pior ficou a emenda que o soneto, quando depois de lhe referirem os incidentes que motivaram a carga policial, o tipo responde que eram meia dúzia de pessoas que estavam lá para estragar a festa! 
A FESTA!?!?!? Querem ver que as manifestações são festas!? 
Mas afinal estamos a ser governados por quem?! Será possível que esta marionete incompetente e emaranhada nos seus fios seja tão parvo ao ponto de dizer em directo o que realmente pensa das pessoas que sofrem com o desgoverno que ele chefia?

Ainda sobre a austeridade e sobre a folga que teremos, apanhando a "boleia" das medidas recentemente aprovadas para a Grécia, pelo Eurogrupo, o Primeiro-Ministro afirma que 30 Milhões Euros ao ano são uma poupança irrisória e que não é por aí o caminho!?!? Pois bem, assim se compreende a abundância e o desperdício que se vive na AR entre deputados e governantes porque também são despesas irrisórias e definitivamente o caminho também não é por este lado. Bem! Sô Primeiro-Ministro concerteza que poderá deixar que eu não pague mais impostos, Não será - também - por aqui que o país se irá ressentir, ou só por não descontar Milhões e não me meter em negócios de PPPs e Bancos como o do PSD, desculpe Bancos como o BPN que não tenho direito de isenção?!

Também já sabia que vivia num país onde o PM não sabe, nem escuta o país real. Sabia que faz ouvidos de mercador a muita verdade que não quer ver, nem ouvir, nem falar, agora não se lembrar do convite à emigração por parte de um membro do seu governo e dizer que o convite à emigração não existiu!?!? Mesmo depois do relembrado pelo José Alberto Carvalho sair-se com um  "Não foi bem assim"!?  
Ai foi, foi!!!! Foi o Secretário de Estado da Juventude que disse " O jovem desempregado em vez de ficar na "zona de conforto" deve emigrar" [sic] em 31OUT2011,

Mas tudo bem, até lhe dava essa abébia!! Mas não se lembrar do seu próprio convite dirigido em, 18DEZ2011, aos professores desempregados para irem procurar trabalho em países lusófonos, já me parece gozo puro e desrespeito total. Ou isso, ou uma subserviência completa e germanização total do nosso PM que gosta tanto de tudo o que é alemão que até sofre de Alzheimer!! 

Quando inquirido sobre os deputados do CDS e mesmo do PSD, que publicamente manifestaram o seu desacordo com este OE agora aprovado, apesar de terem votado a favor, responde que são deputados que sobrepõem o interesse nacional em detrimento de convicções e interesses pessoais.
A Sério!?! Seria a primeira vez!!

Faltou-lhe seriedade ao ocultar a referência à disciplina de voto imposta pelos partidos da coligação e que tal facto foi decisivo para os votos que levaram à aprovação de tal catástrofe e não o patriotismo e os superiores interesses da Nação! Porque os superiores interesses da Nação suplicavam por uma desaprovação de forma unânime e aclamada .

Resta-nos a esperança que a UE nos possa atribuir um subsídio de calamidade mais tarde, por forma a podermos recuperar no futuro. 

Enfim, se este é o no.1 do governo Português estamos entregues ao b*****



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PARABÉNS !!!!! LEGALIZARAM A EXTORSÃO


Parabéns!!!!

Este executivo conseguiu num único documento, ontem aprovado, destruir tudo o que foi conseguido para bem do estado e das finanças públicas numa única geração!

Numa geração, conseguiu-se mudar a mentalidade - em grosso modo - das  pessoas que trabalhassem por conta de outrem declarassem e descontassem tudo o que recebiam dos seus empregadores. Em troca, o governo português garantia uma reforma digna de acordo com os descontos efectuados ao longo de uma vida de trabalho.

Com este OE a economia paralela ganha uma nova força, um novo ânimo e uma nova procura! Não só incentiva tudo e todos a não declarar os ganhos, como a pagar/ganhar o mínimo possível de forma declarada efectuando o acerto em pagamentos/ganhos “por fora”. De qualquer forma (e dúvidas alguém tivesse, suscitadas por esta “velha forma” de receber) o Estado já também não garante nenhuma reforma após a vida activa! Por isso descontar para quê?

Não faz sentido destruir a economia portuguesa quando já na madrugada de ontem o €urogrupo aprovou medidas bastante importantes para a Grécia e as quais irão beneficiar também Portugal e a Irlanda. Ou seja, descidas dos juros em 10 pontos base e aumento do período de carência por mais 10 anos (sem pagar mais por isso), a isenção da devolução dos lucros obtidos pela compra da dívida Grega pelos bancos centrais de Portugal e da Irlanda, bem como a decisão de estes dois países manterem os juros a cobrar pelos empréstimos efectuados aos gregos, conforme irá ser efectuado pelos outros países da Zona Euro - quer no pagamento dos lucros obtidos, bem como na descida dos juros a cobrar a Atenas. Tudo isto traduz-se num encaixe para os cofres do Estado quase cerca de 30 milhões de Euros anuais. Seria de esperar que estas medidas fossem salvaguardadas pelo ministro das finanças deste infame governo, mas não!
Deveremos sim, agradecer ao 1º ministro Luxemburguês Jean-Claude Juncker!!

Costuma-se dizer que um dos primeiros sintomas da demência é efectuar a mesma acção e esperar resultados diferentes.
E se este executivo não está demente, então está-se claramente cagando para o Estado (nós), anda a enganar todo um povo acenando com papões, abismo e caos, a hipotecar todo o futuro de Portugal mas a preparar as suas reformas antecipadas e as dos seus "patrões"!
Não resultou em 2012 e não irá resultar em 2013, ou será que resultou?

A resposta difere se estivermos a falar do País, do Estado, do povo ou se estivermos a falar dos “Fat Cats”, dos deputados (governantes ou não) e dos mecenas que apoiam e gerem a fundação sedeada em São Bento!

Claro que para o primeiro caso, a resposta é negativa. Claro que não resultou, a dívida acumulou-se, o desemprego disparou a economia baqueou, o serviço social decaiu, os direitos dos trabalhadores e até o direito ao trabalho ficaram em muito diminuídos, o povo empobreceu sobremaneira e o país mirrou!

No segundo caso a resposta é claramente positiva. O governo precisou de cortar na despesa e extirpou dois ordenados aos funcionários públicos, mas aumentou as ajudas de custo dos deputados em mais de 80 euros. O governo reduziu – até com graves implicações para os utentes - as despesas na saúde, justiça, educação, mas não deixou de pagar (por vezes em duplicado) às PPPs. O governo quis reduzir funcionários na função pública, emitindo uma ordem proibindo a contratação, mas deixou ministros contratarem motoristas, e secretários de estado contratarem meia centena de especialistas (sem explicar o que faz deles “experts”).

Este orçamento que foi aprovado, é a derradeira machadada nas aspirações de um povo que almejava dias melhores. Este orçamento é uma EXTORSÃO!

Este orçamento é um vil e vergonhoso atentado aos elementares direitos de um povo, com este orçamento (inexequível) iremos trabalhar para pagar principescamente as regalias dos deputados e ex-deputados, bem como para pagar aos grandes grupos económicos as suas elevadas rentabilidades a baixo custo através de PPPs que o estado tão impotentemente não “consegue” renegociar!

Mas vivemos num país de “futebóis” onde o que hoje é verdade, amanhã já pode ser mentira e onde vale tudo para ganhar eleições até mentir apregoando promessas falsas. Pois, neste depauperado rectângulo banhado pelo Atlântico falta a coragem que impulsionou o nascimento desta nação, falta uma justiça popular, um linchamento, falta uma revolução como a da “bastilha”, ou tão só uma brigada vermelha para entranhar um balázio no meio da testa a quem de forma desleal, desavergonhada e impune mente ao povo. Se isto acontecesse, talvez, os que lhes seguissem tivessem mais cuidado!!

Ou então talvez não!! Talvez o balázio não conseguisse encontrar o cérebro nesses seres bípedes que pululam e proliferam neste burgo