Será concerteza o dia mais feliz da minha vida, uma data –
para mim – que será sempre memorável, de uma alegria imensa e que me encheu de um
amor novo, diferente, um sentimento que me preencheu cada poro da minha pele,
cada célula do meu corpo, cada alvéolo dos meus pulmões, cada músculo do meu
corpo. Um amor verdadeiro e incondicional.
Encontrava-me ansioso e nervoso, mas não o suficiente para
me afastar e deixar que tudo fosse feito como que ao acaso; aliás, comigo ali presente, sentia que controlava as coisas, que não iria deixar que nada de errado acontecesse. Ao chegar a hora, senti-me
gigante, confiante e orgulhoso.
No instante
final, uma ligeira complicação, um pequeno pormenor, tão pequeno que foi celeremente ultrapassado
pela médica, tão rápido que nem houve tempo para pensar que as coisas se podiam
complicar.
Mais um empurrão, uma ligeiríssima ajuda externa e.... ali estava
ele!!
Não chorou muito ao nascer, o suficiente para que os pulmões
pudessem entrar em acção e deixarem-se inundar do gás precioso que nós
respiramos.
Foi assim às 17h30 do dia 24 de Abril de 2000 que eu me tornei
pai.
Tinha assistido ao nascimento da coisa mais linda e mais
fofa que alguma vez vi na vida. Uma frágil criatura, que me olhava do berço
onde foi colocado com uma luz suave, mas aquecida, à espera que o pediatra
fosse ter com ele para o examinar e assegurar que tudo estava bem. Nunca esquecerei aquele olhar curioso e
admirado de tentar perceber o que se passava à sua volta, franzindo a teste como se se
interrogasse “Que é isto? Que se passa? Onde raio estou eu?”.
Não me lembro do peso, nem da altura, mas sei que quando
comecei a ganhar confiança para pegar nele – o que não demorou muito tempo – a frágil
cabeça do bebé ficava apoiada na palma da minha mão e os pés mal tocavam na
parte anterior do cotovelo, permanecendo apoiado no meu antebraço.
Tudo isto aconteceu há 12 anos! 12 anos!?!?! Como é
possível, parece que ainda anteontem começou a palrar, parece que foi ontem que eu
e a mãe disputávamos a primeira palavra do bébé, “lutando” entre os dois – a
mãe para que dissesse mamã, eu para que dissesse papá – e, quando
finalmente balbuciou a tão desejada primeira palavra, foi na realidade uma palavra
com duas sílabas, mas...
Logo a seguir com um sorriso na cara e a mão a bater na
cama, nitidamente feliz por ter conseguido expressar-se e repetiu:
- Bébé!!
Quem me fez crescer como Homem, quem retirou
o meu umbigo do centro do meu mundo, quem me ensinou o que era ser altruísta agora já tem 12 anos!?!?! Possa!!
Já passaram 12 anos?!?!?!
o amor entre pais e filhos... há algum amor mais puro e duradouro? nas tuas palavras há a marca da mudança que o mágico instante do nascimento de um filho faz nas nossas vidas! o meu filho é também a minha razão de viver...
ResponderEliminarÉ um sentimento único e inigualável a outros níveis! É o apogeu de uma vida! e sim, razão/razões de viver!
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