Leio perplexo a notícia que o Vaticano tem um banco com
ligações à política e à máfia que funciona como off-shore, onde os titulares
das contas estão no anonimato e ao qual as autoridades nada mais podem fazer do
que pedir informações sobre depósitos efectuados ou contas movimentadas de
outros bancos para o banco do Vaticano. Informações essas que nunca são
dadas e pedidos que nunca obtêm resposta.
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O padre multibanco, conforme já é conhecido em Itália, gere
57 contas do banco do Vaticano, 13 delas abertas no próprio Banco dentro da
cidade do Vaticano. Não há auditorias, o
único que pode ordenar é o Papa, porque é o dono do banco, mas o agora Bispo de
Roma que herdou as sandálias do pescador - para as deitar fora e usar uns sapatos
de marca prada - só se interessa pelo lucros gerados pelo Instituto para Obras e
Religião (vulgo, Banco do Vaticano).
Excomungo o facto da Igreja Católica na sua ganância – que
já se sabia e pela qual é bastante conhecida – tivesse descido ainda mais baixo, perdendo totalmente o decoro, a
humildade e a decência ao não recusar dinheiro “sujo”, proveniente de redes de
prostituição, tráfico de drogas, dinheiro da máfia siciliana, etc.
Mas para a igreja
não há dinheiro “sujo”, a origem é que pode ser má e há que o transformar em
dinheiro bom! Quem mais que o banco do Sumo Pontífice para exorcizar os
demónios do dinheiro, ganho pela prostituição de crianças e mulheres
traficadas, sujo com o sangue de pessoas que travaram guerras contra os
traficantes de droga, tentando impedir que vidas inocentes fossem destruídas
antes de se iniciarem consumo da droga. Que
dizer a um bispo Mexicano que proferiu as seguintes palavras “… já conheci
casos em que [o dinheiro] se purificou!” ?!?!
Talvez, "Por muito que o asno queira ser cavalo, há-de ser sempre asno"!!
O mundo moderno é um pouco conforme Karl Marx previra, um
mundo em decadência, um mundo possuído e consumido no seio da própria ganância,
uma ganância que não escapa à igreja. Uma igreja que em vez de defender os mais
necessitados, purifica dinheiro (a lavagem de dinheiro só ocorre em bancos não
religiosos), aos mafiosos e criminosos, que depois servem para práticas de suborno
e operações ilegais compensatórias das quais advêm rendimentos avultados.
O mundo inteiro vendeu as suas ideologias a troco de
dinheiro e/ou de posições de poder, a Igreja que apregoa o bom-senso e o amor
entre pessoas, entre povos, usa os seus fiéis, prometendo a vida eterna para
que continuem a prestar os sacrifícios e – mais importante – os donativos.
“Bem-aventurados os
pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus”. Nunca uma passagem da
Bíblia esteve tão certa, e a igreja sabe quem pode explorar, apregoando
doutrinas que não segue, condenando práticas que executa. Os crentes, esse
pobres de espírito, mais não são que moscas numa teia onde a Igreja Católica é a
aranha que sem dó, nem piedade - mas sempre em nome dos superiores interesses de Deus - usurpa dos parcos recursos numa morte lenta e agonizante para lhes sugar tudo o que
possa alimentar esta máquina, esta indústria. Não admira pois, que cada vez mais pessoas "percam a fé!"
A igreja Católica, como uma religião universal (pois o
seu nome provém do grego Katholikos que significa universal) tem por base
apregoar a Bíblia, o novo testamento e a vida de Cristo da forma que os evangelhos
a rezam. Ora, Jesus Cristo é-nos apresentado - pela própria Igreja Cristã - como
uma pessoa íntegra, incorruptível, amiga e honesta. Não encontro nenhum destes atributos à Igreja que diz representá-Lo!!
Interrogo-me se a Igreja não lê a Bíblia! E se leu, talvez já se tenha esquecido duma passagem do livro sagrado quando
Jesus Cristo expulsou da casa de Seu Pai
os mercadores e vendedores que lucravam dinheiro aproveitando a fé das pessoas que
lá iam pelo culto da religão e procurando a paz de espírito.
Seria bom de ver Jesus Cristo caminhar hoje em
dia pela cidade-estado e ver o quão em vão é usado e evocado o nome de Deus.
Interrogo-me se no mesmo instante lançaria a praga final do apocalipse, a
chegada dos quatro cavaleiros, o tempo da justiça final, inexorável!! Ou, se simplesmente
ergueria os braços ao ar, olhando para os Céus proferindo:
- “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!!”
um relato completo, tão completo quanto uma descrição dos antes, meios e depois, dos onde, como e porquê, dos que fazem e dos a quem se faz!!!
ResponderEliminaruma crónica denunciante do que ainda convém a muitos não perceber...
não sei se têm perdão... mas era bom que lessem cada palavra, cada parágrafo deste texto claro que fala do obscuro mundo da pretensiosa luz...
muito bom de ler, como sempre!