cada vez estou mais convicto que Portugal é uma Plutocracia |
"Faz o que eu digo não faças o
que eu faço"
A remodelação foi oficializada e embora o
Governo apregoe a contenção da despesa na função pública e a contração da contratação de novos elementos, a tomada de posse fez-me lembrar o plantel
do Benfica desta época, com tantos Ministros, Vice-Ministros, Ministros Adjuntos,
vice-ministros adjuntos, Secretários de Estado, Secretários de Estado adjuntos, Assessores ....
"À mulher de César não basta
ser honesta, deve parecer honesta"
Pedro Passos Coelho não se coíbe de,
continuamente, desrespeitar os cidadãos portugueses. Debate-se já há largos
meses a questão de cortes na despesa pública no valor de 4,7 milhões de Euros, valor aproximado do nosso dinheiro de contribuintes dado a
fundo perdido ao BPN/SLN pela nacionalização do banco. É bom não
esquecer que esse banco permitiu a muitos ex-governantes e militantes do PSD
enriquecerem de forma pouco .... - digamos - .... transparente.
Estes valores e esta directa correspondência é do domínio público,
razão pela qual se revestia de alguma prudência e sapiência
política ou - simplesmente - de senso comum, que o PM tivesse algum
cuidado, algum decoro e, diria mesmo, alguma vergonha na cara em não
afrontar o sacrificado povo Português, nomeando para ministros ou para
secretários de estado quem está directamente ligada à maior fraude alguma vez efectuada em Portugal.
Depois de já ter nomeado Franquelim Alves para
secretário de estado, Pedro Passos Coelho volta a nomear, desta vez para
Ministro, outra pessoa que ocupou lugares de topo na SLN (Sociedade gestora do
BPN).
Qual avestruz, acharam melhor enterrar a cabeça na
areia e fazer de conta que nunca aconteceu, tendo para isso retirado do currículo
destes dois senhores a passagem pela SLN.
Coincidência ou talvez não, é que
Rui Machete sucede a Paulo Portas e Paulo Portas sucede a Rui Machete. Pois é! O último
Vice-Primeiro-Ministro (em 1985) foi precisamente Rui Machete.
Depois de vários embaixadores dos EUA terem pedido
a demissão de Rui Machete de Presidente da Fundação Luso-Americana
para o Desenvolvimento (a FLAD criada ao abrigo do acordo da base das Lages com
dinheiro dos EUA), chegando ao ponto do Embaixador Americano Thomas Stephenson
sugerir a sua "decapitação" (em sentido figurado, presumo!) pelos mais de 20 anos de gestão
danosa, de gastos supérfluos, de compras de peças de arte, de investimentos ruinosos, de pagamentos duvidosos e outros
usos indevidos de fundos americanos e também portugueses.
É com esta carta de apresentação que se dá posse a um Ministro
de Negócios Estrangeiros para dialogar com os diplomatas de outros países.
Talvez, quem sabe, a estratégia passe por uma
aproximação de Portugal à Al-Qaeda ou à Coreia do Norte.
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